Apresentar para os jovens de Japaratuba, município localizado no norte sergipano, o Estatuto da Juventude. Foi com essa finalidade que a Câmara de Vereadores, através do presidente, Luciano Acciole, juntamente com a deputada Estadual, coordenadora Comissão de Direitos Humanos e da Frente Parlamentar dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ana Lúcia, realizaram uma Audiência Pública na tarde da última sexta-feira (20).
Com o tema “Estatuto da Juventude: Agora é a nossa vez!”, o debate aconteceu na própria Câmara Municipal e contou com a presença de estudantes, líderes de movimentos juvenis e representantes do Conselho Tutelar da cidade. Mediada pelo secretário-executivo do Conselho Nacional da Juventude (Conjuve), Bruno Elias, pela vice-presidente da União Nacional de Estudantes (UNE), Adrielle Monjabosco, e pela representante do mandato da deputada Ana Lúcia, Yanaiá Tainã Rollemberg, a discussão levou o estatuto ao conhecimento dos jovens, encorajando-os a lutarem pelos seus direitos e fortalecendo espaços de participação social e política.
“Esta é a primeira legislação voltada exclusivamente para a população com idade entre 15 a 29 anos. Essa lei demorou mais ou menos 10 anos para vigorar por conta da falta de incompreensão sobre o que é a juventude. O estatuto traz 11 direitos, prevendo três momentos importantes: debate que reúna os jovens para falar, criação de secretarias ou coordenadorias para atender as necessidades e criação de conselhos ou entidades para alavancar estas prioridades”, explicou Bruno Elias iniciando sua fala.
Contudo, para o convidado, de nada adianta o direito à participação se os mais interessados – os jovens -, não estudarem o estatuto visando à busca da seguridade, através de reivindicações. “Quando nos organizamos, debatemos, conseguimos mudar a nossa realidade. Podemos transformar aquilo que não nos agrada, através de órgãos que nos represente. Basta querer. O estatuto mostra um leque de possibilidades que se abrem”, frisou Bruno.
Já a palestrante Adrielle Monjabosco ressaltou que o Estatuto da Juventude assegura, inclusive, a diversidade. “Não podemos falar em juventude, mas juventudes. A legislação dói construída a partir de um referencial que contempla não só os jovens que residem nas cidades, mas nos campos também. Ela traz garantias para os negros, brancos, mulheres, para LGBT e outros. O estatuto mostra que podemos decidir, mas que, para isso, precisamos nos organizar. E ele rege essa organização também”, pontuou a jovem.
Presenças – Além dos alunos das escolas Gonçalo Rollemberg, Emiliano Nunes de Moura, José de Matos Teles, Luiz Rabelo Leite e João Prado, marcaram presença: movimento “Tô de Olho”, Quadrilha Junina "Acauã do Vale", Casa da Juventude Arthur Bispo do Rosario, Grupo Teatral Rebiboka da Parafuzeta, grupo de Jovens “Alfa”, Conselho Tutelar e grupo de teatro Canudos em Movimento.