terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Vale em Japaratuba

Ato de Concessão será realizado hoje pela Adema
O ato concederá licença de exploração à Vale em Japaratuba

Nesta segunda-feira, 19, às 11h, no gabinete do governador Marcelo Déda, a Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema) concederá a Licença de Instalação (LI) a Vale para que possa construir a usina que vai processar o beneficiamento do minério Carnalita. Com isso, Sergipe passará a ser o único Estado do Brasil com extração de cloreto de potássio, o que permitirá o aumento da produção de insumos agrícolas para todo o país e, consequentemente, a redução da dependência da importação de fertilizantes.
O prazo de construção da usina é de quatro anos, estando previsto o seu funcionamento para agosto de 2016. Inicialmente, a usina vai operar com uma produção anual de 1,2 milhão de toneladas de cloreto de potássio, dobrando no segundo ano de operação para 2,4 milhões toneladas. Os investimentos podem chegar a US$ 4 bilhões.
A usina será construída no povoado Terra Dura, município de Japaratuba, próximo à rodovia SE – 226, numa área de 2.200 metros quadrados. Dela será retirado o cloreto de potássio, que é um macro nutriente vegetal fundamental para a agricultura brasileira.
Segundo o secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Genival Nunes, com a implantação do empreendimento, Sergipe será o berço da alimentação do Brasil por conta do aumento na produção de fertilizantes. Ele explica que, atualmente, menos de 10% do potássio que é utilizado em todo o país é produzido pelo Brasil.
Segundo explicou o gerente da Vale, Mauro Vieira Lima, que coordena o licenciamento ambiental do projeto Carnalita em Sergipe, não há nenhum outro estado, no Brasil, com extração desse tipo de minério. Ele ressalta que o potássio é um mineral com alta demanda no comércio brasileiro de fertilizantes e que o país sofre com a baixa produção, sendo que este índice tende a aumentar, caso não haja novos investimentos para aumento da produção interna.
Menor impacto
Diferentemente do atual processo realizado em lavra subterrânea, a nova tecnologia aplicada pela Vale para a extração do potássio será desenvolvida através de Poços Subterrâneos. "Esse é um grande diferencial. A mineração da carnalita será realizada a partir da injeção de água em poços onde serão dissolvidos os sais da carnalita. A salmoura será então retirada do subsolo e processada na superfície”, explicou Genival Nunes, indicando menor impacto ambiental por meio da nova tecnologia.

Fonte: Secom

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