Atualmente, o município de
Japaratuba é administrado pelo prefeito Padre Gerard Julles
Olivier(PT), eleito para seu quarto mandato em 07 de outubro de 2012 e
empossada em 1º de janeiro de 2013
Os
primeiros povos a habitar esse município foram os indígenas, entre eles
o cacique morubixaba Japaratuba, que habitava junto com a sua tribo a
margem esquerda do Rio Japaratuba-mirim, no lugar denominado
Canavieirinhas, cujos domínios iam do Rio Siriri até o Rio Poxim do
Norte, que, por sua vez, é confluente do Rio São Francisco.
A conquista do território de Japaratuba ocorreu sem nenhum
derramamento de sangue. Em 1590, o conquistador Cristóvão de Barros
chega às terras de Japaratuba, após várias batalhas com os caciques
sergipanos Serigy, Surubi, Baepeba e Siriri. O conquistador encontrou o
cacique Japaratuba no sítio do já falecido cacique Siriri. Japaratuba
apresentou-se a Cristóvão de Barros acompanhado por 12 índios armados
com arcos e flechas e ornamentados com os aparatos de seus costumes.
A intenção do cacique era pedir paz. Após rituais indígenas que
foram repetidos pela comitiva de Cristóvão de Barros, todos foram à
aldeia do cacique Japaratuba e lá seu irmão cacique Pacatuba também se
rendeu, sem derramamento de sangue.
Em 15 de julho de 1623, as terras que ficavam "entre o Rio Sergipe e
o Rio Japaratuba" foram repassadas para Bernardo Corrêa Leitão,
Francisco Souza e Antônio Fernando Gundatre. No ano de 1691, o capitão
Pedro Barbosa Leal e Paulo de Matos receberam a mesma sesmaria.
Após
a conquista do território do cacique Japaratuba, a aldeia foi vítima de
perseguições por parte dos primeiros brancos que se instalaram na
região e, em 1695, os descendentes do cacique Japaratuba foram expulsos
do território em que habitavam. Em 1698, alguns frades, entre eles o
frei Antônio da Piedade, tentaram catequizar os índios. Não obtendo
sucesso, partiram de volta para as terras localizadas ao sul e ao
centro de Sergipe.
Cinco anos depois, sob requerimento do frei Antônio da Piedade, os
índios conseguiram retornar às suas terras. Mas foi por volta de 1704
que os religiosos da Irmandade dos Carmelitas Calçados, liderados pelo
frei João da Santíssima Trindade, chegaram àquelas terras.
Naquele mesmo ano, uma epidemia de varíola obrigou os índios a
abandonarem o lugar de origem. Com isso, os carmelitas tiveram mais
acesso aos índios, mas o surto obrigou todos a se mudarem para um lugar
denominado Alto do Lavradio ou do Borgado. Com a transferência, a Coroa
arrematou o terreno. Foi por isso, então, que surgiu o nome Missão de
Japaratuba.
Sob o comando do frei João da Santíssima Trindade, os frades
fundaram a Missão dos Índios e o Hospício dos Carmelitas de Japaratuba,
cuja padroeira era Nossa Senhora do Carmo. Na parte mais elevada da
colina foi construída uma igreja em homenagem à santa, que mais tarde
teve o seu nome substituído pelo nome de Nossa Senhora da Saúde. A
mudança certamente foi à tradução de um brado de socorro enviado à
Virgem Maria contra as moléstias.
A presença dos frades fez com que a localidade ficasse conhecida nas
redondezas pelo nome de Missão de Nossa Senhora da Saúde de Japaratuba.
Em 1824, com a ascensão em Portugal do Marquês de Pombal, os carmelitas
foram expulsos das colônias e a Missão de Japaratuba ficou sem aqueles
que promoveram o cultivo da terra e a assistência educacional e
religiosa.
O convento ficou abandonado e o hospício foi transformado em
cemitério, permanecendo nessa condição até 1924, quando foi construído
um novo cemitério. Atualmente, no local restam apenas ruínas da parede
do fundo da igreja e do convento. Com a extinção da missão dos
carmelitas, os indígenas foram desaparecendo da região. Os poucos que
restaram mudaram-se para as terras do cacique Pacatuba.
Desde o início da formação do município, diversos engenhos foram
construídos em volta da Missão de Japaratuba, motivo pelo qual recebeu
um grande número de escravos. Segundo o historiador Felisbelo Freire, o
atual município de Japaratuba chegou a ter mais escravos do que homens
livres. Abrigou também um dos mais importantes quilombos de Sergipe,
hoje conhecido como povoado Patioba.
Flor da Murta, Bury, Palma, São José, Oiteirinhos, Riacho Preto, Boa
Sorte, Timbó, Cruz, Tabua, Saquinho, Tobo, Cabral, São João, Soledade e
outros engenhos tornaram Japaratuba um dos principais produtores de
açúcar da Província de Sergipe D'El Rey.
No século XIX, Sergipe contava com dezesseis vilas e nove povoados, entre eles a povoação da Missão de Japaratuba.
Em 1811, essa localidade foi considerada distrito administrativo da
Comarca de Capela. Em 27 de junho de 1854, Japaratuba foi elevada à
condição de freguesia. Cinco anos mais tarde, precisamente no dia 11 de
junho de 1859, pela Resolução Provincial de nº 555, assinada pelo
presidente da Província de Sergipe D'El Rey, Inácio Joaquim Barbosa, a
freguesia de Japaratuba foi elevada à categoria de vila, tornando-se,
ao mesmo tempo, município independente de Capela.
Em 24 de agosto de 1934, pelo decreto-lei de nº 238, do então
interventor federal coronel Augusto Maynard Gomes, a sede do município
é elevada à categoria de cidade, ao tempo em que é transformada em Sede
de Comarca, abrangendo os termos de Carmópolis e Japoatã.
Em 1963, o então povoado de Pirambu se tornou independente do município de Japaratuba, passando também a ser comarca dele.
Atualmente,
o município de Japaratuba é administrado pelo prefeito Padre Gerard
Julles Olivier(PT), eleito para seu quarto mandato em 07 de outubro
de 2012 e empossada em 1º de janeiro de 2013.
Japaratuba está situada a 13m acima do nível do mar. Limita-se ao
Norte com o município de Japoatã; ao Sul com o município de Carmópolis;
ao Leste com o município de Pirambu e ao Oeste com os municípios de
Capela e Muribeca.
Japaratuba é bem próxima da capital sergipana. Dista somente 54 km
de Aracaju, distância essa percorrida de automóvel em apenas 40
minutos, aproximadamente, sobre rodovia asfáltica.
Fontes:
Cartilha Cultural de Japaratuba - 1998
Sergipe Panorâmico - 2002
História dos Municípios – 2002
Site de Prefeitura de Japaratuba - 2008
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