segunda-feira, 11 de março de 2013

ECOS POLÍTICOS: Assim como afirmou Francis Bacon, “só não muda quem não tem idéia de mudar” [atualizado]


Vereador mais votado na última eleição em Japaratuba, Pedro da Cultura poderá assumir nos próximos dias seu terceiro mandato, como parlamentar da bancada de situação.

Pedro da Cultura tem uma trajetória que lhe credencia em Japaratuba

A trajetória política de Pedro da Cultura (foto) teve início no movimento estudantil, como presidnete de Grêmio Livre da Escola Municipal Professor Emilianio Nunes de Moura e nesta condição representando os estudantes de Japaratuba como membro da delegação sergipana em Congresso da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).

Habilidoso, despojado e sintonizado com os movimentos sociais e culturais, foi convidado pelo prefeito Pedro Moura Neto (PPS) - 1997/2000, para organizar o Departamento de Cultura, do qual foi seu primeiro diretor, responsável pela implementação de uma reconhecidamente produtiva política cultural naquele município.

Amigo pessoal do então deputado estadual e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Reinaldo Moura, Pedro da Cultura lançou-se na política partidária filiando-se ao PPS, candidatando-se a vereador no ano 2000, ficando na condição de suplente, vindo a eleger-se pela primeira vez em 2004, assumindo o mandato já como presidente da casa.

Ali, desempenhou uma gestão que vinha a projetar o Parlamento de Japaratuba como um dos mais atuantes do Vale do Japaratuba, lançando um site, um jornal impresso, uma política de diálogo permanente entre os vereadores e a sociedade, reflexos que lhe reconduziu ao Casa do Povo na eleição seguinte.

Quando muitos apostavam em um desgaste e lhe preteriram da chapa majoritária ao lado da prefeita Lara Moura (PR), que concorria a reeleição, Pedro não se fez de rogado e disputou um terceiro mandato (sua quarta eleição), tendo enfrentado uma da maiores tensões que lhe tiraram o sossego e lhe cercou de insegurança, mas logrou êxito nas urnas.

Eleito o mais votado da última eleição com 486 votos, Pedro da Cultura nem foi diplomado nem assmiu o mandato conferido democrativamente e com absoluta legitimidade nas urnas, estando aguardando julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do que é considerado no meio juridico como “direito bom”, logo, lhe reservando provimento do recurso.

Com estas credenciais, Pedro da Cultura, mesmo temporariamente fora do mandato, continua sendo um dos políticos indisosluvelmene mais influentes de Japaratuba e ainda que preterido, repito, pelo grupo do qual integra, sem nenhuma vírgula que desabone sua conduta enquanto um membro fiel, tem um papel estratégico a desempenhar na sociedade e na política.
  • Desprestigiado
Ignorando seu peso político, o grupo desencastelado da prefeitura de Japaratuba, se quer o convidou para a posse do prefeito aliado na cidade de Pirambu, Elinho Martins (PSC), não acreditamos que tenha sido por esquecimento, pois o leitor há de convir que não se trata de uma liderança inexpressiva, mas o vereador mais votado na última eleição e um quadro que, pelas suas qualidades e trajetória, acrescenta a qualquer agremiação ou agrupamento política.
  • O silêncio de Pedro
Enquanto muitos esperneiam diante de situações como estas, cauteloso e zeloso nas relações políticas construídas, Pedro da Cultura se manteve em silêncio ao longo dos últimos meses, talvez ainda fruto de toda uma situação desconfortável que lhe cerca desde a dúvida da validade de uma candidatura posta sob judice por incompetência dos responsáveis pelos encaminhamentos dos registros das coligações proporcionais tanto em Pirambu e Japaratuba.
  • Valor reconhecido
Diante das reais chances em ter um vereador de oposição e principalmente consciente de que este pode ser uma voz desconfortável, a situação teria se antecipado e enviado um interlocutor no sentido de estabelecer um contato com o presidente municipal do PPS em Japaratuba, que a nossa equipe nem confirmou (muito menos negou) o encontro, apenas respondendo com um riso que lhe é peculiar.
  • Nenhum contato
Pedro apenas confirmou que, desde as eleições 2012, nenhum dos líderes de seu grupo o procurou, seja para solidarizar-se com a sua situação de tensão diante da dúvida se assumiria ou não o mandato e principalmente para consultar sobre uma possível nomeação em uma função na administração de Pirambu, município do qual é professor concursado desde 2005. Pedro, por sua vez, nunca pleiteou cargo no município vizinho, por defender que estes devem ser reservados aos aliados que conribuiram para a vitória do prefeito Elinho Martins.
  • Integrar a administração
Pelo que podemos apurar, a Pedro teria sido sugerido a participação na administração do prefeito Padre Gerard, assumindo provavelmente na condição de adjunto em uma secretaria cuja afinidade e perfil pudesse contribuir e, caso este viesse a assumir na Câmara Municipal sua cadeira conquistada nas urnas, passaria a integrar a bancada de situação.
  • Manteve-se reticente
Homem de grupo, Pedro da Cultura, se manteve reticente e não teria confirmado a adesão ao projeto liderado pelo Partido dos Trabalhadores em Japaratuba, confiante em ocupar sua cadeira na Câmara Municipal e jamais duvidando que os líderes do grupo ao qual pertence tenham ignorado o expressivo cabedal de votos alcançado, espólio que lhe legitima a tomar qualquer que seja a posição política.
  • Na jugular
Caso seja confirmada a adesão de Pedro da Cultura ao grupo liderado pelo prefeito Padre Gerard (PT) e seu vice-prefeito Hélio Sobral Leite (PMDB), não se trata de nenhuma relação promíscua, e sim uma rearticulação política no sentido de proporcionar tranqüilidade na relação Executivo-Legilativo, abrindo um caminho para consolidação definitiva de um projeto e a confirmação do afundamento (temporário?) de outro.
  • Como uma bomba
A ida de Pedro da Cultura não seria apenas a mudança de lado ou a quebra de paradigma, mas uma conquista simbólica de petistas e aliados, pois trata-se de um dos mais expressivos aliado do deputado federal André Moura (PSC), que não obstante meteórica ascensão política, não a tem socializado com aqueles que orbitam no seu entorno, ofuscando-os, o que não foi o caso do vereador mais votado em 2012.
  • 13 anos depois
Pedro da Cultura não foi prefeito ou vice-prefeito daquele município como fora o amigo e correligionário Pedro Moura, ambos do PPS, mas teria acrescentado e provavelmente assegurado a reeleição de Lara Moura (PR) a prefeitura de Japaratuba, dados confirmados pelos números apurados nas eleições para a Câmara de Vereadores, cuja votação de “Pedinho de Cleonice” assegurou (informalmente) uma bancada de seis parlamentares.
  • Maioria no Parlamento


Com Pedro da Cultura (inicialmente secretário-adjunto) e caso seja revertida sua condição de inelegibilidade junto ao TSE, o prefeito Pe Gerard Olivier manteria a atual posição de maioria na Câmara Municipal, pois se somaria a Luciano Acciole e Tenente (PT), Zizinho (PSB), Rui Brandão (PSD) Teozete (PMDB). Além de Pedro da Cultura, podem assumir os mandatos os oposicionistas Manuel Ismerin (PTC) e Estela (PDT);

FONTE: http://www.tribunadapraiaonline.com/news/ecos-politicos%3a-assim-como-afirmou-francis-bacon%2c-%e2%80%9cso-n%c3%a3o-muda-quem-n%c3%a3o-tem-ideia-de-mudar%e2%80%9d/

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